"A servidão moderna é um livro e um documentário de 52 minutos produzidos de maneira completamente independente; o livro (e o DVD contido) é distribuído gratuitamente em certos lugares alternativos na França e na América latina. O texto foi escrito na Jamaica em outubro de 2007 e o documentário foi finalizado na Colômbia em maio de 2009. Ele existe nas versões francesa, inglesa e espanhola. O filme foi elaborado a partir de imagens desviadas, essencialmente oriundas de filmes de ficção e de documentários."
"A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, só que não sabe, ou melhor, não quer saber. Eles ignoram o que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se planejou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça."
Veja o filme no You tube (com problemas de legenda).
Ou baixe o torrent do Doc Verdade.
Muito bom...
ResponderExcluirHoje mesmo, indo pra uma consulta médica, fiquei sem metrô (problemas técnicos) pra ir até a Paulista. Precisei andar por meia hora, mas o pior é observar a multidão que me acompanhava... Parecia até uma passeata, de tanta gente na rua. No entanto, ninguém reclamava... Todos estavam resignados. Lembrei de uma frase-protesto: "Está na hora do trabalhador perder a paciência!". É, haja paciência! Também lembrei de um comentário engraçado e curioso: "A gente precisa parar com esse fetiche do trabalho"(!)... Ah, também, quase fui atropelada por uma mercedes (sei lá a marca) lá na Paulista e o motorista/empresário alienado poderia ter acabado com uma das suas fontes de renda (eu), pensei depois que corri. Vidinha tragi-cômica, essa. Sandra (AF)